FÓRUM “CIÊNCIA CIDADÃ COMO ABORDAGEM PARA O SANEAMENTO AMBIENTAL INCLUSIVO”
23 Setembro - 2025
Evento apontou a ciência cidadã como caminho para a participação comunitária na gestão territorial e na aplicabilidade de saneamento ambiental inclusivo
No dia 12 de setembro, Roberta Val, coordenadora executiva da Silo - Arte e Latitude Rural, participou do Fórum “Ciência Cidadã como Abordagem para o Saneamento Ambiental Inclusivo”, realizado na Unicamp, em Campinas (SP). A apresentação começou mostrando a organização e a defesa por instituições como a Silo na promoção da ciência cidadã, em que cientistas, gestores e comunidade planejam e executam, de forma colaborativa, soluções para o território. A conversa aconteceu na sessão “Laboratórios Colaborativos - Governança e Sustentabilidade”, junto com a moderadora Msc. Viviane Alves, da FECFAU Unicamp.
A participação da Silo no Fórum teve um objetivo estratégico: demonstrar, na prática, que a ciência cidadã é viável e entrega resultados poderosos. Para isso, foram apresentados programas da organização que traduzem em ações concretas o que surge da teoria e do ativismo.
Um dos destaques foi a apresentação dos Laboratórios da Silo, realizados tanto na sede quanto em outros territórios, muitas vezes em parceria com outras instituições. Esses laboratórios contam com metodologias próprias, desenvolvidas de forma colaborativa ao longo de duas décadas, sempre guiadas pelo espírito de experimentação.
A Coordenadora Executiva da Silo apresentou o Laboratório Água e Autonomia, executado em 2016. Foram desenvolvidos projetos ligados à hidrologia comunitária; desde sistemas de saneamento ecológico até oficinas educativas com jovens sobre o ciclo da água. A questão central do laboratório era: como garantir acesso à água de qualidade com soluções acessíveis e sustentáveis?
Já em 2018, aconteceu o Tecnosfera Rural; trabalho voltado para agricultores em torno de tecnologias de baixo custo para a produção sustentável: biofertilizantes, inseticidas naturais, sistemas de compostagem.
Na apresentação dos laboratórios, evidenciou-se a relação entre os aprendizados obtidos e o conceito de saneamento ambiental inclusivo.
Diante de um público majoritariamente acadêmico, a sessão também levantou assuntos relacionados ao uso sustentável de água e energia, ao primeiro relatório de taxionomia sustentável brasileira em 2023, transição energética justa e proteção socioambiental.
Em clima de otimismo, a mensagem final reforçou que enxergar a ciência cidadã como uma trajetória viável, inspirada em iniciativas já em andamento, é um caminho para a promoção da justiça social. Ao articular saberes e envolver a comunidade, essas ações tornam-se mais democráticas e efetivas.