Resiliência: Residência Artística – Residentes 2021

Com muita alegria iniciamos hoje a 4ª edição da Resiliência: Residência Artística – Arte e Ciência. Nossa imersão, que vai até o dia 12 de outubro, reúne 4 cientistas e 5 artistas, entre selecionadas e convidadas para trocas criativas de saberes.

Damos as boas-vindas às artistas e cientistas que participam da Resiliência: Residência Artística – Arte e Ciência 2021:

Adriana Alves, Bruno Mota, Caroline do Vale, Daiana Schröpel, Luana Vitra, Maria Palmeiro, Marina Hirota, Mélia Roger e Pedro Hurpia.


Adriana Alves

Adriana é geóloga e doutora em geociências pela USP, onde também fez pós-doutorado. Ela estuda a Província Magmática do Paraná-Etendeka (PMP), resultado de uma grande erupção vulcânica há mais ou menos 134 milhões de anos e que marca o início da formação do oceano Atlântico no território que hoje conhecemos como Brasil.

Sua investigação busca identificar principalmente os gases que foram liberados na atmosfera nesse evento. Sua atuação se estende para a Comissão de Ética e Direitos Humanos do Instituto de Geociências na USP, a qual ela preside, e à luta contra o racismo na ciência. Além da pesquisa científica e da docência, Adriana também divide seu tempo sendo mãe das pequenas Flora e Serena.


Daiana Schröpel

Artista visual e pesquisadora, Daiana é Doutora em Artes Visuais (2020), com ênfase em Poéticas Visuais, pelo PPGAV da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Ela investiga a transversalidade entre arte, ciência e ficção e seus desdobramentos na contemporaneidade, com foco em processos de ficcionalização documental e autoral. Desde 2012 realizou vinte e três exposições, cinco individuais e dezoito coletivas, nas modalidades instalação, desenho, fotografia, objeto e vídeo.


Bruno Mota

Bruno é nascido e criado em Belo Horizonte, tem graduação e mestrado em física pela UFMG. O doutorado em física, que teve como título ‘Detecção e detectabilidade da topologia cósmica’, foi pela CBPF (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas) e o pós-doutorado pelo Laboratório de Neuroanatomia Comparada (CCS/UFRJ). Dessa forma, o que era para ser uma excursão interdisciplinar rápida - aplicar técnicas de física teórica em problemas de neurociência - acabou virando foco principal de sua pesquisa.


Luana Vitra

Luana Vitra é artista plástica formada pela Escola Guignard (UEMG), dançarina e performer. Cresceu em Contagem, cidade industrial que fez seu corpo experimentar o ferro e a fuligem. Gestada entre a marcenaria (pai) e a palavra (mãe), se movimenta como reza em busca da sobrevivência e da cura das paisagens que habita. Entende o próprio corpo como armadilha, e sua ação como micropolítica na lida com a materialidade e espacialidade que seu trabalho evoca, confronta e confunde.


Caroline do Vale

Caroline do Vale é bióloga e Dra. em Biodiversidade pela UFJF. Trabalhou nos últimos anos pesquisando sobre primatas, aspectos ligados a biologia, comportamento, ecologia e interações entre primatas e humanos. Desde 2017 tem atuado como divulgadora científica promovendo uma aproximação entre a ciência e a população. Atualmente essa divulgação é voltada para famílias com crianças e educadores.


Maria Palmeiro

Maria Palmeiro é artista e doutoranda em artes, e se interessa pela prática artística como produção de conhecimento e autoconhecimento. A artista trabalha com diferentes mídias e materiais, e pesquisa/produz o entrelaçamento entre pensamento, escrita e prática através de objetos, pinturas, performances, narrativas e conferências.


Marina Hirota

Marina Hirota é professora associada do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina, onde leciona para os cursos de graduação em meteorologia e engenharias, e pós-graduação em ecologia. Possui formação acadêmica multidisciplinar com doutorado em meteorologia pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), e mestrado e graduação pela UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas) em engenharia de computação e matemática aplicada, respectivamente. Dedica-se a combinar ferramentas matemáticas e computacionais na compreensão mecanicista da dinâmica e resiliência de sistemas vegetação-clima, especialmente na América do Sul tropical, e dos efeitos de perturbações como mudanças climáticas, incêndios e desmatamento, resultando em potenciais alterações na distribuição atual da vegetação.


Mélia Roger

Mélia Roger é designer de som para instalações de cinema e arte. Tem formação em música clássica e é mestre em engenharia de som (ENS Louis-Lumière, Paris, FR). Sua abordagem artística explora gravações de voz e de campo, buscando intimidade e proximidade através da escuta. Atualmente ela vive entre Paris e Zurique, com foco na pós-produção de filmes e em seus próprios trabalhos artísticos.


Pedro Hurpia

Pedro Hurpia, artista e pesquisador, tem mestrado em Artes Visuais pela Unicamp, é artista convidado da TSOEG - Escola Temporal de Geografia Experimental (Reino Unido) e colaborador na Fundação SEA Tilburg (Holanda).

Seu trabalho recria diversos dispositivos existentes para “entender” fenômenos naturais e anomalias geofísicas que só são percebidas pelo ser humano quando emergem à superfície ou quando o corpo é impactado diretamente, como deslizamentos de terra e ondas sonoras. Tem interesse particular em questionar contrários binários, o que amplia a análise de seu trabalho, deixando em aberto a certeza do que é real e fictício.





Resiliência Residência Artística recebeu apoio do Instituto Serrapilheira e, também, da Fundação suíça para a cultura Pro Helvetia América do Sul e do Swissnex.